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Mabon: O Sabá do Equinócio de Outono - O que é, Origem e Significados

O vento sopra diferente, as folhas dançam em tons dourados e a terra nos presenteia com seus últimos frutos antes do inverno. É tempo de Mabon, o sabá do equinócio de outono, um momento de equilíbrio perfeito entre luz e escuridão. A Roda do Ano gira mais uma vez, lembrando-nos que tudo é cíclico: é hora da colheita, da gratidão e da preparação para os dias introspectivos que virão.

Mabon Equinócio de Outono

Celebrado quando o dia e a noite possuem a mesma duração, Mabon convida à reflexão sobre o que cultivamos – na terra, na alma e na vida. O que foi plantado? O que floresceu? O que precisa ser deixado para trás? Aqui, honramos os frutos do nosso caminho e encontramos o equilíbrio antes do mergulho no inverno.


Neste artigo, vamos explorar o significado profundo desse sabá, suas origens, rituais e como celebrar esse momento mágico. Pegue sua xícara de chá, acenda uma vela e venha sentir a energia de Mabon!


bruxa celebrando Mabon

O que é Mabon?

Mabon é o sabá do equinócio de outono, celebrado entre 20 e 23 de março no Hemisfério Sul e entre 20 e 23 de setembro no Hemisfério Norte. Neste momento, a luz e a escuridão estão em equilíbrio perfeito, marcando a transição para os dias mais frios e introspectivos do ano.


Esse sabá faz parte da Roda do Ano e simboliza a segunda colheita – aquela em que colhemos os frutos mais maduros do nosso trabalho e nos preparamos para o descanso do inverno. É um tempo de reflexão, gratidão e desapego, onde aprendemos a soltar o que não serve mais e a valorizar o que realmente importa.


O que é um Sabá?

Sabá é um portal no tempo, um ponto de conexão entre nós e a Terra. São celebrações que marcam os ciclos da Roda do Ano, alinhando nossa energia ao pulsar das estações e ao movimento do Sol. Cada sabá tem um ritmo, uma lição e uma vibração única, nos lembrando de que a vida é feita de inícios, ápices, colheitas e renascimentos.


Os sabás não são apenas datas festivas e agrícolas do antigo calendário celta – são momentos de magia viva. Eles nos convidam a olhar para dentro e perceber como a roda gira não só na natureza, mas também dentro de nós.


  • Se a Terra descansa, descansamos.

  • Se o Sol brilha forte, celebramos a abundância.

  • Se a escuridão se aproxima, acolhemos a introspecção


E Mabon é o momento de colher com gratidão!


Origem do Sabá do Equinócio de Outono

O nome “Mabon” vem da mitologia celta e faz referência a Mabon ap Modron, uma divindade galesa associada à juventude, colheita e renovação. Na história, Mabon é raptado ainda bebê e levado ao submundo. Quando é resgatado, já adulto, retorna ao mundo com sabedoria e força renovadas. Esse mito reflete o ciclo da natureza e a jornada entre luz e sombra, tanto externa quanto interna.


O equinócio de outono também tem forte ligação com a cultura greco-romana. O mito de Perséfone, filha de Deméter, descreve sua descida ao submundo para se unir a Hades, dando início ao período de recolhimento e infertilidade da terra. Esse mito ecoa a energia de Mabon: aceitar os ciclos da vida e abraçar a escuridão tanto quanto a luz.


Como era celebrado na Antiguidade?

Muito antes de chamarmos esse momento de Mabon, nossos ancestrais já sentiam a mudança no ar. Povos antigos, especialmente os celtas, honravam essa transição com festas, rituais e oferendas à Terra, agradecendo pela abundância recebida.


povo celta rituais e colheita

Principais Rituais de Mabon

  • Banquetes sagrados: O que a Terra dava era recebido com gratidão, e as pessoas celebravam com festas e partilha de alimentos.

  • Fogueiras e oferendas: Tochas e fogueiras eram acesas para guiar o Sol rumo ao inverno, e oferendas eram deixadas para os deuses e espíritos da natureza.

  • Colheita da uva e vinho: O vinho simbolizava a transformação da matéria em espírito, e brindes rituais eram feitos para honrar os ciclos da vida.

  • Oferendas para proteção: Maçãs, castanhas, mel e grãos eram deixados em altares ou ao pé das árvores sagradas para garantir fartura e proteção no inverno.

Símbolos e Correspondências de Mabon

Cada sabá carrega uma energia única, e Mabon é repleto de símbolos ligados à colheita, equilíbrio e transição:

Símbolos e Correspondências de Mabon

  • Frutas e grãos: Maçãs, uvas, romãs, nozes, milho e trigo representam a abundância.

  • Cores outonais: Tons de laranja, vermelho, dourado e marrom refletem a transformação da estação.

  • Vinho e hidromel: Ligados à fartura e aos ciclos da terra.

  • Folhas secas: Representam o fechamento de um ciclo e a preparação para o novo.

  • Equilíbrio e justiça: Símbolos como a balança reforçam o conceito do equinócio.


Mabon é um tempo de gratidão, equilíbrio e preparação. A Roda gira, e seguimos dançando com ela.


 
 

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